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Como criar galinha d’angola

Além de fornecer carne e ovos para venda, a ave é lucrativa por meio do comércio de exemplares como matrizes, para criações ornamentais e com a finalidade de controle biológico de pragas e guarda da propriedade.

São em várias cores que a galinha-d’angola se apresenta, mas a cinza-escuro com pintas brancas, da variedade pedrez, é certamente a que está no imaginário das pessoas. Em fotos, desenhos, pinturas e objetos que se referem à espécie, como os porta-ovos no formato da ave que decoram muitas cozinhas, na maioria das vezes as penas possuem essa combinação de tons, tornando-a assim a mais conhecida.

Também chamada de galinha-da-guiné, galinha-da-índia, galinhola, angolinha, cocá e coquém, a galinha-d’angola ainda conta com exemplares nas versões cinza, cinza-claro, branca e pampa, que é o resultado do cruzamento da pedrez com a branca. Tem origem na região sul do Saara, na África, e aqui chegou no período da colonização, trazida pelos portugueses.

Além da beleza, a galinha-d’angola fornece carne com sabor de ave de caça, lembrando a do faisão, e ovos nutritivos, que podem contribuir para a renda mensal do criador, caso a intenção seja vender os produtos para obter lucro com a atividade.

O comércio de matrizes, filhotes ou aves ornamentais é mais uma opção para o produtor, que deve lembrar que a existência de um mercado comprador próximo às instalações do plantel é uma das condições para assegurar o retorno do investimento.

Por ser resistente e rústica, a galinha-d’angola raramente adoece, facilitando ainda mais a criação, que é de baixo custo, com engorda rápida e produtiva e ninhadas de até 60 ovos. É um animal ideal para viver em sítios, fazendas e em quintais de residências, onde em um pequeno espaço um galinheiro pode ser montado pelo próprio criador e com materiais existentes no local, como pedaços de madeira, pregos e telas de arame.

Sem exigir alimentação muito elaborada e, portanto, de preço elevado, o manejo da ave é barato. Consumidora de insetos, gafanhotos, cigarrinhas das pastagens, lagartas de esterco de gado, formigas, cupins e carrapatos, a galinha-d’angola também é considerada importante no controle biológico do meio ambiente.

Por ser arisca, pode ajudar na guarda da propriedade. A galinha-d’angola cacareja imediatamente se percebe a presença de estranhos ou qualquer anormalidade por perto. E como voa e corre com velocidade, tem habilidade para escapar de qualquer ameaça ou ataque de predadores.

Já que em cativeiro a reprodução é menor do que quando vive solta, é melhor dar preferência para aves selecionadas e com melhores condições físicas. Além disso, a dica é manter ambos os sexos sempre juntos no galinheiro, para aumentar a margem de fertilidade dos ovos. A barbela mais comprida e a crista mais pronunciada para frente, como um chifre, são duas características do macho que o diferenciam da fêmea, que possui tudo em tamanho menor.

Mãos à obra

>>> INÍCIO Saiba a procedência da ave antes de comprar as matrizes de um viveiro com referências. Se adquirir mais de uma variedade, crie os exemplares em áreas diferentes, para que não se cruzem. De porte médio, uma galinha-d’angola adulta pesa entre 4 e 6 quilos e mede de 35 centímetros (fêmeas) a 40 centímetros (macho).

>>> AMBIENTE Como é ave barulhenta e gosta de viver em grupo, melhor não mantê-la em locais onde há outras criações que preferem o silêncio. Com boa adaptação a qualquer clima, o plantel pode ser instalado em todas as regiões do país. Para um controle mais eficaz, dê preferência para o sistema intensivo, impedindo que as aves se dispersem e depositem os ovos em lugares de difícil acesso.

>>> VIVEIRO Madeira e alvenaria são as opções para construir um abrigo rústico, com 1 metro quadrado por cabeça. Voltada para o norte, a frente deve ser telada e as laterais, fundo e cobertura, fechadas. Poleiros com 3 metros de altura são necessários para acomodar as aves à noite. Forre o piso com palha ou serragem, para evitar umidade. Camadas com 15 centímetros de altura possibilitam às galinhas enterrarem os ovos no próprio chão, dispensando o uso de ninhos. É importante que a criação conte com um espaço cercado, com gramado para ciscar e sem telhado para tomar sol.

>>> CUIDADOS Apesar de resistentes a pragas e doenças, recomenda-se assegurar a limpeza do galinheiro para a boa saúde das aves. Desinfete as instalações semanalmente para retirar as bactérias e germes e conter a proliferação de enfermidades. Como toda criação, deve seguir um programa de vacinação e medicamentos contra as principais doenças, como coccidiose, bouba e coriza. Sempre é bom que o plantel tenha acompanhamento e orientações de um médico-veterinário.

>>> ALIMENTAÇÃO Inclui desde grãos e hortaliças até insetos. Rações destinadas para aves também alimentam as galinhas-d’angola. Nos primeiros meses de vida, forneça ração especial para acelerar o crescimento e, a partir dos seis meses, introduza uma combinação balanceada de ração com grãos e vegetais. Sirva as refeições três vezes ao dia em comedouros limpos, para não misturar com sobras que podem ter sido fermentadas.

>>> REPRODUÇÃO Inicia-se de seis a oito meses de idade. Com um manejo correto, é possível ter de duas a três posturas entre agosto e dezembro, produzindo de 50 a 60 ovos. Contudo, como as galinhas-d’angola nem sempre são boas mães, recolha os ovos para colocá-los em incubadoras com temperatura entre 37 ºC e 38 ºC, seguindo as instruções dos fabricantes. Outra alternativa é usar uma galinha comum para chocar os ovos. Após o nascimento, depois de 28 dias de choco, mantenha os filhotes separados da criação por 30 dias.

Raio X

Criação mínima: 1 macho para 4 fêmeas

Custo: preço médio do casal é R$ 80

Retorno: 1 ano

Reprodução: a postura anual pode chegar a 60 ovos


*Maria Virgínia F. da Silva é membro da Associação Brasileira dos Criadores de Aves de Raças Puras (ABC Aves), Rua Ferrucio Dupré, 68, CEP 04776-180, São Paulo (SP), tel. (11) 5667-3495, abcaves.com.br

Onde adquirir: a Associação dos Criadores de Raça Pura (ABC Aves) dá indicação de criadores cadastrados (ver endereço para correspondência acima)

Mais informações: João Germano de Almeida, criador e presidente da ABC Aves, tel. (11) 99135-2041

Fonte: Revista Globo Rural

1 Comment

  1. Ana Claudia disse:

    Quantas galinhas precisaria colocar em condomínio por m2?
    Um galo para quantas femeas?

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