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Encontro científico no Inpa discute sobre o inseto louva-a-deus

O Brasil é o País com a maior número de espécies de louva-a-deus conhecidas do mundo: 251 no total, de acordo com dados do Catálogo Taxonômico da Fauna do Brasil (CTFB). Mas esse grupo de insetos é pouco estudado na região e, por isso, ainda não se sabe muito sobre o relacionamento evolutivo entre as espécies.

Para reduzir esse problema, um evento internacional pretende transformar-se no ponto de apoio para a consolidação de novos grupos de pesquisas e para a divulgação dos projetos dos jovens pesquisadores. Trata-se do “Workshop internacional sobre louva-a-deus neotropicais”, que começou ontem, nas instalações do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), no bairro Petrópolis, Zona Centro-Sul.

O workshop  inédito será realizado até o próximo dia 30, e também tem o objetivo de gerar um espaço para a troca, análise, avaliação e divulgação dos progressos no conhecimento sobre esses insetos, necessários em um País, cuja diversidade é a maior do planeta e que precisa ser conhecida e conservada.

De acordo com o coordenador-geral do workshop, Antonio Agudelo, nestes últimos sete anos, durante as pesquisas no Inpa, foram descobertas novas espécies e gêneros de louva-a-deus na Amazônia. Foi graças a esses estudos que o Brasil tornou-se o País com a maior diversidade. “Antes estávamos na dúvida porque tem uns países africanos com uma grande diversidade de louva-a-deus, mas graças as nossas pesquisas conseguimos confirmar que o País é o primeiro em diversidade”, afirmou o coordenador.

E recentemente, o grupo começou a desenvolver estudos sobre o relacionamento evolutivo entre as espécies neotropicais. “A classificação desse tipo de inseto ainda está muito bagunçada. Estamos tentamos organizar taxonomicamente ela usando ferramentas como moleculares, genética e análises estatísticas que dão melhor confiança para entender os relacionamentos entre as espécies”, disse o pesquisador colombiano, que é bolsista do Programa de Capacitação Institucional (PCI-DB) do Inpa.
Agudelo garante que os louva-a-deus, ao contrário do que muitos pensam, são bichos inofensivos, não são venenosos e não causam nenhum mal aos humanos, além do que pode ser criado como bichinhos de estimação e ajudam no controle de pragas. “Eles têm comportamentos característicos de que podem ajudar no desenvolvimento de biotecnologia, biomateriais para construção e tecidos, além de outras coisas, mas ainda não sabemos. Por isso a importância das pesquisas”, frisou.

Debate acadêmico

O “Workshop internacional sobre louva-a-deus neotropicais” reúne pesquisadores de diversas partes do mundo O evento é dividido em duas partes: palestras no auditório da Ciência, e o curso sobre Taxonomia  dos louva-a-deus, na Reserva Florestal Adolpho Ducke, no quilômetro 26 da AM-010.

Espécies são mais de 2,5 mil

No mundo, existem mais de 2,5 mil espécies de louva-a-deus descritas. No evento promovido pelo Inpa, serão abordados temas como “diversidade, taxonomia e propostas de classificação”, sistemática, filogenia e técnicas de análises de dados”, “morfologia e conservação”, além de curso sobre “montagem de armadilhas” e “técnicas de captura em campo”.

Fauna brasileira reúne até 117 mil espécies de animais catalogadas

Entre as palestras do primeiro dia do “Workshop internacional sobre louva-a-deus neotropicais” estava “Catálogo taxonômico da fauna do Brasil-Hexapoda/Insecta/Mantodea”,  ministrada pelo pesquisador  do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) José Albertino Rafael. Conforme ele, há 117 mil espécies de animais catalogados no Brasil.

“O catálogo é um documento único que o governo brasileiro está investindo para que nós tenhamos conhecimento de todas as espécies de animais que ocorrem no Brasil. Isso é extremamente importante porque serve de sustentação para os tomadores de decisão dizer: nós somos um país megadiverso, temos uma riqueza imensa de espécies que nós precisamos protegê-las e a quantidade de espécies que nós temos é essa”, explicou Rafael.

Ele ressaltou que ainda há muitas espécies que precisam ser catalogadas. “O número provavelmente vai triplicar ou até quintuplicar, o que falta é especialistas para trabalhar com as espécies que a gente tem na natureza. Quando vamos para um lugar de difícil acesso, onde as pessoas ainda não coletaram, é certeza que encontraremos espécie nova de animal que precisa ser descritas, ser documentadas para a ciência e esse é o papel do pesquisador taxonomista”, contou.

Quanto às espécies de louva-a-deus, o pesquisador destacou que até pouco tempo atrás não havia ninguém trabalhando com esse grupo de inseto no Brasil. Mas, hoje, graças aos investimentos que o Inpa tem feito na capacitação de especialistas, há várias pessoas do instituto trabalhando no país. “O Inpa passou a ser concentrador de informações sobre esse grupo e este workshop é um produto resultado desse investimento”, apontou.

Fonte: A Crítica

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